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Criopreservação

Criopreservação: técnicas e práticas seguras para conservar células e tecidos. Saiba como funciona, equipamentos e padrões internacionais.
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Por: Dafratec | Em 11/10/2025 | Termo
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Criopreservação: Técnicas, Aplicações e Padrões para Conservação Biológica

Criopreservação é o processo de conservar células, tecidos ou organismos em temperaturas ultrabaixas, geralmente abaixo de −150 °C, para manter sua viabilidade biológica por longos períodos. Essa técnica é amplamente utilizada em bancos de células-tronco, reprodução assistida, biotecnologia e conservação de espécies.

Criopreservação: Técnicas, Aplicações e Padrões para Conservação Biológica

Segundo o Manual de Biossegurança de Laboratório da OMS e as diretrizes da ISBER 2023, a criopreservação exige controle rigoroso de temperatura, equipamentos calibrados e protocolos validados para garantir integridade genética e segurança biológica das amostras.

Pesquisas recentes publicadas no Cryobiology Journal reforçam que a eficiência do processo depende de fatores como taxa de congelamento, tipo de crioprotetor e estabilidade térmica durante o armazenamento.

  • O que é criopreservação e por que é importante.
  • Métodos e princípios físicos do congelamento biológico.
  • Agentes crioprotetores e protocolos de resfriamento.
  • Equipamentos e sistemas de armazenamento criogênico.
  • Normas internacionais e biossegurança.
  • Aplicações médicas e científicas.
  • FAQ sobre criopreservação.
Criopreservar é interromper o tempo biológico — mantendo o potencial vital das células por décadas.

Como funciona a Criopreservação

O princípio básico da criopreservação é reduzir a temperatura das amostras de modo a interromper o metabolismo celular sem causar danos estruturais. Isso é alcançado controlando cuidadosamente o congelamento e evitando a formação de cristais de gelo intracelulares, que podem romper membranas e organelas.

Para isso, utilizam-se agentes crioprotetores, como o glicerol e o dimetilsulfóxido (DMSO), que reduzem a tensão superficial e protegem as células durante o resfriamento.

O segredo da criopreservação está na velocidade de congelamento: rápido demais destrói, lento demais desidrata.

Métodos de Criopreservação

  • Congelamento lento controlado: utilizado para células-tronco e espermatozoides; resfriamento gradual até −80 °C antes do armazenamento em nitrogênio líquido.
  • Vitrificação: congelação ultrarrápida que transforma a solução em um estado vítreo, sem formação de cristais — ideal para óvulos e embriões.
  • Congelamento em vapor: armazenamento em fase gasosa de LN2 (~−150 °C), reduzindo o risco de contaminação cruzada.

Esses métodos seguem recomendações da NCI Best Practices, que padronizam o ciclo completo — da coleta ao descongelamento.

Agentes Crioprotetores

Os crioprotetores são substâncias que previnem a formação de cristais de gelo e minimizam estresse osmótico. O Journal Cryobiology destaca dois grupos principais:

  • Permeáveis: DMSO, etilenoglicol, propilenoglicol — penetram nas células e equilibram a pressão osmótica.
  • Não permeáveis: sacarose, trealose — estabilizam membranas e reduzem o choque osmótico.
A escolha do crioprotetor ideal é o ponto crítico entre sobrevivência celular e dano irreversível.

Equipamentos e Sistemas de Armazenamento

Os sistemas de criopreservação envolvem freezers de ultra-baixa temperatura (−80 °C), tanques de nitrogênio líquido e racks criogênicos compatíveis com crioboxes. Cada componente deve atender às normas de biossegurança e rastreabilidade digital.

Estudos do National Library of Medicine destacam que automação e controle térmico inteligente aumentam a eficiência e reduzem erros humanos em biobancos.

Normas e Boas Práticas

A criopreservação deve seguir as normas da OMS, ISBER e NCI, que estabelecem parâmetros para:

  • Temperatura de armazenamento e monitoramento contínuo.
  • Manuseio seguro de nitrogênio líquido e gases criogênicos.
  • Rastreabilidade de amostras e auditoria de inventário.
  • Planos de contingência e recuperação de amostras.
Segurança criogênica não é luxo: é requisito essencial para integridade biológica e confiabilidade científica.

Aplicações da Criopreservação

A criopreservação tem aplicações em reprodução assistida, transplantes, conservação genética, produção de vacinas e pesquisa com células-tronco. É também essencial na preservação de espécies ameaçadas e em biotecnologia vegetal.

Pesquisas da Cell Press mostram que novas abordagens de criogenia combinam IA e sensores térmicos para prever danos celulares e otimizar protocolos.

FAQ sobre Criopreservação

1) O que é criopreservação?

É a conservação de materiais biológicos em temperaturas ultrabaixas para manter sua viabilidade a longo prazo.

2) Qual é a temperatura usada na criopreservação?

Geralmente abaixo de −150 °C, com armazenamento em nitrogênio líquido (−196 °C) sendo o mais comum.

3) O que é vitrificação?

É o congelamento ultrarrápido que impede a formação de cristais de gelo, transformando o material em estado vítreo.

4) Quais substâncias são usadas como crioprotetores?

DMSO, glicerol, etilenoglicol e trealose são os mais utilizados, dependendo do tipo celular.

5) Quais são os riscos da criopreservação?

Choque térmico, contaminação e falha de energia são os principais riscos, exigindo protocolos preventivos.

6) Quem regula a criopreservação?

Órgãos como a OMS, NCI e ISBER definem padrões internacionais de biossegurança e armazenamento.

7) Onde é aplicada a criopreservação?

Em reprodução assistida, biobancos, conservação genética e pesquisa científica biomédica.

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