O Prêmio Nobel de Química de 2025 reconheceu os Metal-Organic Frameworks (MOFs) como uma das maiores inovações da ciência dos materiais, concedido a Susumu Kitagawa, Richard Robson e Omar M. Yaghi pela Royal Swedish Academy of Sciences . O reconhecimento destaca o impacto dos MOFs em áreas como armazenamento de energia, purificação e captura de carbono. Ver nota da imprensa.
Metal-Organic Frameworks (MOFs) são estruturas cristalinas porosas compostas por íons metálicos conectados a ligantes orgânicos, formando redes com cavidades capazes de armazenar e liberar moléculas como gases e vapor d’água. Essas propriedades os tornam promissores em tecnologias ambientais e energéticas.
Em 2023, um estudo publicado na Industrial & Engineering Chemistry Research mostrou que MOFs apresentam desempenho superior na captura de CO₂ em condições industriais, impulsionando sua aplicação em tecnologias de mitigação climática.
Você encontrará neste artigo:
- Origem dos MOFs
- Contribuições dos laureados
- Aplicações em captura de carbono
- Caracterização de MOFs com equipamentos avançados
- Desafios e impacto futuro
Origem dos MOFs: início da revolução molecular
O conceito de Metal-Organic Frameworks (MOFs) surgiu em 1974, com as primeiras redes tridimensionais de coordenação. Em 1989, Richard Robson , na University of Melbourne , desenvolveu uma rede de cobre com ligantes orgânicos que apresentou cavidades internas — o nascimento dos MOFs modernos.
Richard Robson: os primeiros MOFs
Robson foi pioneiro ao criar estruturas tridimensionais porosas, unindo íons de cobre e ligantes orgânicos tetracianados. Embora frágeis, esses MOFs inspiraram a comunidade científica ao demonstrar o potencial de redes cristalinas projetadas.
Susumu Kitagawa: MOFs flexíveis e estáveis
Susumu Kitagawa , na Kindai University , deu o passo seguinte ao criar, em 1997, estruturas tridimensionais com canais abertos formadas por íons metálicos e ligantes 4,4′-bipiridina. Esses MOFs conseguiam absorver gases como metano e oxigênio sem colapsar, comportamento publicado no Bulletin of the Chemical Society of Japan . A descoberta deu origem aos chamados “pulmões moleculares” , capazes de “respirar” com variação de pressão e temperatura.
Omar Yaghi: o MOF-5 e a expansão global
Omar Yaghi, então na Arizona State University, cunhou o termo Metal–Organic Framework em 1995, publicado na Journal of the American Chemical Society . Já na University of California, Berkeley , apresentou em 1999 o MOF-5, publicado na Nature , material com área interna gigantesca — poucos gramas somam área equivalente a um campo de futebol. Suas publicações seguintes em Science e Nature expandiram a família de MOFs e consolidaram o design racional desses materiais.
Aplicações dos MOFs em captura de carbono e sustentabilidade
Estudos recentes destacam o papel dos MOFs na mitigação climática. Publicações na JACS (2024) e Communications Chemistry (2023) mostraram alta seletividade para CO₂ em condições úmidas e baixas pressões. Essas descobertas colocam os MOFs como candidatos promissores para tecnologias de captura e armazenamento de carbono.
Aplicações práticas dos MOFs
- Captura de água: MOF-303 extrai vapor desértico para produzir água potável.
- Purificação: UiO-67 remove PFAS da água contaminada.
- Armazenamento de hidrogênio: NU-1501 permite alta densidade energética com segurança.
- Catálise ambiental: MIL-101 decompõe poluentes orgânicos e antibióticos.
- Eletrônicos: MOFs controlam gases tóxicos em processos semicondutores.
Caracterização de MOFs com equipamentos da Surface Measurement Systems
A caracterização é essencial para compreender a performance dos MOFs . O DVS Carbon da Surface Measurement Systems mede isotermas de adsorção de CO₂ e H₂O com precisão gravimétrica. No Case Study 623 , a co-adsorção em MOFs atingiu 18,71 wt% de CO₂ a 25 °C e 9,28 wt% em 15 vol% CO₂ , com entalpia de 42 kJ/mol . O material manteve estabilidade até 50% de umidade relativa e apresentou queda após 75% UR .
O BTA Frontier simula fluxos reais de gases e quantifica separadamente as espécies. Em co-adsorção CO₂/H₂O, observou-se retenção substancial de CO₂ mesmo em 40% UR , indicando comportamento pouco competitivo entre as moléculas.
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Desafios e impacto futuro dos MOFs
Pesquisa publicada na Chemistry of Materials (2024) mostrou o uso de inteligência artificial no design de novos MOFs. Materiais como o CALF-20 já são testados em escala piloto no Canadá para captura de CO₂. O futuro aponta para aplicações em energia, saúde e sensores ambientais.
FAQ sobre MOFs
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O que são MOFs?
- Estruturas porosas formadas por íons metálicos e ligantes orgânicos capazes de capturar seletivamente moléculas.
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Por que os MOFs ganharam o Nobel 2025?
- Pelo pioneirismo na criação de redes moleculares porosas com aplicações em energia e sustentabilidade.
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Como os MOFs capturam CO₂?
- Suas cavidades adsorvem CO₂ seletivamente, mesmo em condições úmidas.
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Quais as vantagens sobre zeólitas?
- Maior flexibilidade estrutural e possibilidade de design molecular.
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Os MOFs já são usados comercialmente?
- Sim, em eletrônica e purificação de gases; projetos piloto expandem o uso para captura de CO₂.
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Como caracterizar MOFs?
- Com equipamentos gravimétricos como DVS Carbon e colunas de fluxo BTA Frontier.
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Qual o futuro dos MOFs?
- Liderar soluções sustentáveis com IA acelerando o design de novos materiais.
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Onde adquirir equipamentos para análise de MOFs?
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Leitura recomendada
- Zeólitas: materiais porosos alternativos em catálise.
- Captura de Carbono: tecnologias emergentes para mitigação de CO₂.
- Análise de Sorção: métodos gravimétricos de alta precisão.
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