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Capa do Artigo Monitoramento Contínuo de Partículas Não-Viáveis em Processos Assépticos

Monitoramento Contínuo de Partículas Não-Viáveis em Processos Assépticos

Monitoramento de partículas não viáveis: entenda sua importância no processamento asséptico, detecção de eventos e proteção de produtos estéreis.

Por: Dafratec | Em 14/11/2025 | Artigo
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O monitoramento de partículas não viáveis (NVP – Non-Viable Particle Monitoring) é um elemento essencial para garantir a integridade de processos estéreis. Ele consiste na medição contínua de partículas sólidas suspensas no ar — independentemente de serem microrganismos ou não — e tem como principal objetivo identificar imediatamente qualquer perturbação ambiental que possa colocar em risco produtos estéreis, como injetáveis, vacinas e terapias biológicas.

Com a evolução acelerada da indústria biofarmacêutica, o uso de ambientes assépticos tornou-se ainda mais crítico. Estudos de mercado mostram que terapias biológicas já representam mais da metade das vendas dos 100 medicamentos mais vendidos no mundo , evidenciando a importância de processos estéreis rigorosos e monitoramento ambiental confiável.

Em ambientes assépticos modernos, muitas alterações ambientais não geram contaminação viável, mas sim partículas físicas. É por isso que o monitoramento de partículas não viáveis se tornou a ferramenta de detecção de eventos mais importante para garantir a segurança do processo.

Resumo do que você encontrará neste artigo

  • O que é monitoramento de partículas não viáveis.
  • Por que o processamento asséptico está crescendo com o avanço dos biológicos.
  • Como automação, isoladores e RABS mudaram o foco para eventos rápidos.
  • O papel de partículas 0,5 µm e 5,0 µm e como definir alarmes adequados.
  • Tendências de sistemas modernos e totalmente automatizados de NVP.
  • Vantagens estratégicas para qualidade e conformidade.
  • FAQ, leituras recomendadas e contato com a Dafratec.

O que é monitoramento de partículas não viáveis?

Partículas não viáveis são fragmentos sólidos suspensos no ar — poeira, fibras, microfragmentos de embalagens, partículas geradas por atrito mecânico, metal, plástico e borracha. Elas não possuem vida microbiana, mas representam risco físico ao produto e indicam mudanças ambientais relevantes.

A medição contínua dessas partículas é realizada por meio de sensores que quantificam partículas em faixas de tamanho definidas pela ISO 14644 e pela EU GMP Annex 1 , principalmente 0,5 µm e 5,0 µm . Reguladores europeus deixam claro que o Grau A deve ser monitorado continuamente para capturar qualquer perturbação ambiental, conforme estabelecido na Annex 1, disponível no documento oficial da EMA: boas práticas estéreis da União Europeia .

Diferentemente do monitoramento microbiológico, que depende de incubação e pode levar dias, o monitoramento de partículas não viáveis fornece informações minuto a minuto — a velocidade necessária para proteger produtos estéreis.

O crescimento do processamento asséptico

A produção de biológicos, biossimilares, terapias celulares, terapias de mRNA e proteínas recombinantes impulsiona a demanda por processos estéreis. Novas terapias complexas, altamente sensíveis e administradas por via injetável exigem padrões cada vez mais rigorosos de controle ambiental.

Além disso, análises de pesquisa científica e técnica, como o relatório da CAS (American Chemical Society) , confirmam que biológicos são os grandes motores de inovação e investimentos da indústria farmacêutica global.

O crescimento do setor também elevou a demanda por soluções automatizadas de envase, inspeção, tampagem e liofilização — áreas onde qualquer pequena perturbação pode produzir partículas que precisam ser detectadas com precisão.

Expansão das terapias biológicas e aumento da demanda por ambientes assépticos.
Figura 1 — Expansão das terapias biológicas e aumento da demanda por ambientes assépticos.

Automação, isoladores e RABS: a mudança para detecção de eventos

Tradicionalmente, a maior fonte de risco biológico em salas limpas é a intervenção humana. Para reduzir esse risco, a indústria adotou:

  • Isoladores
  • RABS
  • Sistemas robóticos
  • Túneis de depirogenação automatizados
  • Carregamento automático de liofilizadores
  • CIP/SIP integrados

Essa automação reduziu drasticamente contaminações viáveis, mas aumentou a necessidade de detectar mudanças ambientais rápidas — como atrito mecânico, desgaste, vibrações ou turbulências — que não aparecem em placas microbiológicas.

Linha asséptica com isolador e fluxo unidirecional contínuo.
Figura 2 — Linha asséptica com isolador e fluxo unidirecional contínuo.

Hoje, a função central do NVP não é medir limpeza — é detectar eventos : picos repentinos, alterações de fluxo, falhas mecânicas e intervenções.

O papel do monitoramento de partículas não viáveis

Durante operações assépticas, a maioria das partículas geradas não é microbiológica, mas sim material particulado inerte . Métodos viáveis não conseguem identificar essas situações, enquanto o NVP registra variações em tempo real.

Whitepapers técnicos, como o publicado na News-Medical , destacam a importância do NVP como componente crítico de uma estratégia moderna de controle de contaminação.

Além disso, guidance media e notas técnicas da Beckman Coulter enfatizam a necessidade de análises contínuas: aplicação técnica sobre NVP em processos assépticos .

Sistema de monitoramento contínuo integrado ao processo asséptico.

Figura 3 — Sistema de monitoramento contínuo integrado ao processo asséptico.

Exemplo de equipamento utilizado no monitoramento de partículas não viáveis

Para auxiliar equipes de qualidade e salas limpas na execução do monitoramento ambiental, uma solução amplamente empregada no setor é o Contador de Partículas Met One 3400+ . Trata-se de um equipamento portátil de alta precisão, ideal para rotinas de classificação de ambientes, monitoramento contínuo e verificação de conformidade segundo normas como ISO 14644, ISO 21501-4, EU GMP Anexo 1 e FDA 21 CFR Parte 11.

O Met One 3400+ oferece alta sensibilidade, fluxo ajustável até 100 LPM e capacidade de medir partículas de 0,3 µm a 10,0 µm, tornando-se uma ferramenta versátil tanto para salas limpas quanto para ambientes industriais regulados.

Contador de partículas de ar Met One 3400+ portátil
Figura — Contador de partículas de ar portátil MET ONE 3400+

Sua eficiência de contagem atende aos critérios de 50% para partículas de 0,3 µm e 0,5 µm e 100% para partículas maiores, garantindo medições confiáveis. Além disso, o equipamento realiza amostragens rápidas: o tempo necessário para coletar 1.000 litros de ar varia de 10 a 35,3 minutos, dependendo do fluxo configurado, com perda por coincidência mínima.

Estrutura resumida do contador de partículas MET ONE 3400+

Construído em aço inoxidável 316, o Met One 3400+ combina robustez e portabilidade, com peso entre 5,6 kg e 6,9 kg. Sua interface com tela sensível ao toque de 10 polegadas facilita a operação, enquanto as opções de conectividade — USB, Ethernet e Wi-Fi — permitem integração direta com sistemas de gerenciamento de dados e softwares de conformidade.

Entre seus diferenciais estão as baterias de troca a quente, que permitem operação contínua sem desligamentos, e o sistema Simply Paperless , que elimina registros em papel e apoia a conformidade com FDA 21 CFR Parte 11. Esses recursos tornam o equipamento ideal para aplicações em setores farmacêuticos, ambientes hospitalares, indústrias de dispositivos médicos, produção eletrônica, laboratórios de pesquisa e áreas alimentícias.

Para saber mais sobre especificações técnicas, aplicações e disponibilidade, visite a página do Contador de Partículas Met One 3400+ .

Como definir alarmes para 0,5 µm e 5,0 µm

Normas como a EU GMP Annex 1 estabelecem limites claros para partículas ≥0,5 µm e ≥5,0 µm em diferentes classes ambientais. No entanto, quando esses limites são convertidos em leituras por minuto, percebem-se situações como:

  • Um limite regulatório que parece alto demais para detectar eventos reais.
  • A necessidade de limites mais sensíveis derivados do media fill .
  • Dificuldade de capturar partículas de 5,0 µm, que são menos móveis.

Estudos apontam que eventos reais normalmente produzem muito mais partículas pequenas do que grandes, tornando a faixa de 0,5 µm o indicador mais confiável para alarmes.

O ideal é sempre basear os alarmes na realidade do processo — dados do seu ambiente, do seu media fill e do seu histórico.

Sistemas modernos de monitoramento contínuo

A indústria deixou de depender de contadores portáteis operados manualmente e migrou para sistemas fixos integrados ao processo. Esses sistemas incluem:

  • Sensores permanentes instalados em pontos críticos.
  • Monitoramento por receita – com sensores ativados conforme a fase do processo.
  • Pré-checagem automática de limpeza .
  • Relatórios automáticos por lote .
  • Correlação com monitoramento viável .
  • Pausa automática durante alarmes críticos.

Sistemas modernos de NVP não apenas monitoram: eles protegem o produto em tempo real.

Vantagens gerais do monitoramento de partículas não viáveis

  • Detecção imediata de perturbações ambientais.
  • Maior confiabilidade para liberação de lote.
  • Redução de erros humanos.
  • Fortalecimento da estratégia de controle de contaminação.
  • Maior consistência durante auditorias.
  • Economia de tempo e mão de obra.

Conclusão

O monitoramento de partículas não viáveis é hoje um dos elementos mais essenciais do processamento asséptico. Em ambientes altamente automatizados, onde intervenções humanas são mínimas e resultados microbiológicos muitas vezes são zero, somente o monitoramento de partículas consegue capturar eventos reais, exatamente quando ocorrem.

Mais do que atender regulamentos, o monitoramento de partículas não viáveis é uma ferramenta estratégica para proteger lotes, reduzir riscos e aumentar a segurança do paciente.

FAQ – Monitoramento de partículas não viáveis

1. O NVP substitui o monitoramento microbiológico?

Não. Eles se complementam. O NVP detecta eventos em tempo real; o viável confirma a qualidade microbiológica.

2. Por que 0,5 µm é a faixa mais importante?

Porque eventos reais geram muito mais partículas pequenas, facilitando detecção.

3. Posso eliminar contadores portáteis?

Sim, sistemas fixos reduzem intervenção humana e aumentam a confiabilidade.

4. O NVP ajuda em auditorias?

Sim. Relatórios completos por lote fortalecem evidências de qualidade.

5. Ele ajuda na liberação de lote?

Sim — é um dos principais dados usados para comprovar controle ambiental contínuo.

Leituras recomendadas

Fale com a Dafratec

A Dafratec oferece equipamentos avançados e suporte técnico especializado para monitoramento ambiental, salas limpas, partículas, processos estéreis e controle de contaminação .

Se quiser entender qual solução de monitoramento de partículas não viáveis melhor atende sua operação asséptica, entre em contato conosco.

Entre em contato e descubra como fortalecer a segurança do seu processo asséptico com soluções de monitoramento confiáveis.

Precisa de um contador de partículas para monitoramento ambiental ou salas limpas?
A Dafratec oferece soluções completas em monitoramento de partículas — incluindo opções portáteis e sistemas fixos — ideais para processos assépticos, salas limpas, investigação de eventos e conformidade com ISO 14644, ISO 21501-4, EU GMP Anexo 1 e FDA 21 CFR Parte 11. Nossa equipe pode orientar você na escolha entre os equipamentos portáteis, como o avançado MET ONE 3400+ , ou outros sistemas do catálogo oficial de monitoramento ambiental.

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